Para se adequar às legislações mais modernas, o Brasil optou por tornar a utilização do SCR (abreviatura para Sistema Redutor Catalítico) obrigatória em veículos fabricados a partir de 2012. Este é um fator que os gestores de frota não podem esquecer! É um incentivo para que os caminhões se tornem cada vez menos poluentes, e exatamente onde entra o Arla 32.
Sobre o Arla 32
Arla 32 é o nome dado a um agente redutor essencial, que diminui a emissão de poluentes transformando os tóxicos óxidos de nitrogênio em materiais não nocivos, como nitrogênio e água. Arla é uma abreviatura para Agente Redutor Líquido Automotivo.
Já o 32 se refere à concentração de ureia dentro da solução de água desmineralizada presente no tanque – para cada 100g de água, há 32,5 g de ureia (32,5%). A ureia é a substância responsável por gerar a reação química para quebrar os óxidos de nitrogênio, transformando-os em água e nitrogênio. Esse agente consegue evitar até 98% das emissões de óxido de nitrogênio para a atmosfera – além de poluente, ele também é nocivo à saúde e responsável por diversas doenças respiratórias.
Utilização correta do Arla 32 nos caminhões
Cada veículo possui um tanque próprio para o Arla. Este não pode ser adicionado no mesmo tanque que o Diesel.
O uso de qualquer solução nos tanques, que não seja o Arla 32, pode danificar o catalisador, levando inclusive à perda total, aumentando significativamente as emissões de NOx.
Normalmente, esse agente Arla tem rendimento de 5% no caminhão.
Isso significa que para cada 20 litros de diesel, 1 litro do Arla 32 é consumido. Não é inflamável nem explosivo.
Existem alguns cuidados que devem ser realizados, como a atenção à validade, exposição do produto e a sua correta administração.
Adulterar ou usar o Arla 32 de forma errada pode gerar multas, além do mau funcionamento do sistema de pós-tratamento de gases, provocando a perda de desempenho do veículo e o aumento do consumo de combustível, o que consequentemente aumenta os custos de operação do transportador.
Vale ainda lembrar que o consumo excessivo de diesel gera emissões, degradando a qualidade do ar, afetando diretamente a qualidade de vida do transportador e da sociedade, e prejudicando o meio ambiente.
Cuidado na aquisição correta do Arla 32
Impurezas presentes no Arla 32 fabricado de forma clandestina causam a formação de depósitos nos componentes do sistema SCR. Isso leva a danos irreversíveis no veículo, podendo estragar o motor e causar grandes prejuízos com manutenção corretiva, por exemplo. O consumidor deve ter cuidados na compra, recusando produtos de fabricação caseira/clandestina. A compra deve ser feita de fornecedores certificados pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
O transporte rodoviário de cargas possui papel essencial na emissão de gases no meio ambiente, por isso a adequação de práticas ASG são fundamentais, além da utilização do Arla 32 como medida instituída pelo governo.
Na ATRHOL, já estamos cientes da importância da execução de boas práticas internas e externas para construírmos a estrada do futuro em conjunto, e o Arla 32 é uma delas.
Artigo Escrito Por:
Cátia Backes
Gerente de Frota